Nos EUA e na Europa, o iPhone 3G é vendido aos montes e usado quase por todos como se fosse um padrão de smartphone. Por aqui, na terrinha brasilis, a chegada do iPhone foi muito mais um fiasco do que a massiva adoção do aparelho que se esperava.
Mas porque isso aconteceu? Muito simples. Preços nas alturas praticados por operadoras de telefonia celular que simplesmente optaram por aproveitarem-se da expectativa criada em torno do aparelho para faturarem muito além do que realmente seria o normal com a venda do iPhone. Enquanto lá fora o aparelho é vendido aos montes, por aqui ainda vemos muito poucos em circulação e mesmo assim, restritos a um público muito seleto.
Sem considerarmos que a chegada do iPhone ao Brasil trouxe para nós um aparelho que revolucionou a tecnologia de smartphones e se transformou numa febre entre os usuários de todo mundo, ainda por cima temos um celular que tira fotos de qualidade, que possui um confiável e útil navegador GPS e é um verdadeiro computador para ser carregado no bolso. Como se isso tudo não fosse suficiente, a chegada do iPhone ao Brasil trouxe para nós a aura e a mística dos equipamentos Apple (em especial os Mac). Mesmo não alcançando ainda a massificação e nem terem se transformado no padrão de smartphone adotado pela maioria dos usuários, os iPhone tiveram seu sucesso prejudicado em nosso país pela ganância das corporações brasileiras. Mas essa realidade está mudando. Diante da possibilidade de estoques encalhados e da própria crise mundial, as operadoras de celulares brasileiras começam a entender que mais vale a pena ganhar um pouco menos e vender mais do que tentar ganhar “os tubos” e dar com os burros n’água.
Incompreensivelmente, o pessoal escolheu um preço de lançamento que variava de absurdos mil e duzentos reais para mais de dois mil reais. Algo totalmente fora da realidade e do valor de mercado do aparelho em qualquer lugar do planeta. Ficou muito mais simples comprar o iPhone no exterior (pagando de 200 a 400 dólares) e desbloqueá-lo aqui (via software) habilitando-o com qualquer plano disponível e mais barato do que os oferecidos. Entender o motivo que levou as companhias brasileiras a darem esse tiro no pé é algo que está além da minha imaginação. Mas o iPhone no Brasil (quer seja “oficial” ou “oficioso”) certamente pegou e tende a ampliar a sua participação no mercado de smartphones conforme a coerência e a sensatez forem retornando para as mentes dos responsáveis pelas companhias de telefonia celular brasileiras.
O que parece claro para muitos, é que o setor de telefonia celular em nosso país está carterizado e que as empresas de telefonia celular combinaram a venda do iPhone por preços estratosféricos. Não há qualquer outra justificativa para que o nosso seja considerado um dos iPhones mais caros do mundo.
Além de um equipamento requintado e eficiente, a chegada do iPhone ao Brasil trouxe a oportunidade única de muitos usuários poderem ter o seu apple e partilharem com outros milhares de usuários mundo a fora, toda a maravilhosa produção tecnológica que tornou possível um dos smartphones mais desejados e completos já produzidos.
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