domingo, 5 de dezembro de 2010
Interface Gráfica - Gnome
GNOME (GNU Network Object Model Environment) é um projeto de software livre que inclui o Ambiente de Trabalho GNOME, para os usuários, e a Plataforma de Desenvolvimento GNOME, para os desenvolvedores.
A comunidade de desenvolvimento do GNOME conta tanto com voluntários quanto com empregados de várias empresas, como Hewlett-Packard, IBM, Mandriva, Novell, Red Hat, e Sun. O GNOME é filiado ao Projeto GNU, de onde herdou a missão de fornecer um ambiente de trabalho composto inteiramente por software livre. Por isso, O GNOME pode ser utilizado por vários sistemas baseados em Unix, principalmente Linux e BSD.
O projeto GNOME dá ênfase à simplicidade, usabilidade, e fazer as coisas simplesmente funcionarem. As outras metas do projeto são:
Liberdade - para criar um ambiente de trabalho que sempre terá o código fonte disponível para reutilização.
Acessibilidade - assegurar que o ambiente pode ser usado por qualquer pessoa, independentemente de habilidades técnicas, ou deficiências físicas.
Internacionalização - fazer o ambiente disponível em vários idiomas. No momento o GNOME está sendo traduzido para mais de 160 idiomas.
Facilidade para o desenvolvedor - assegurar que seja fácil escrever um programa que se integra com o ambiente, e dar aos desenvolvedores liberdade de escolher sua linguagem de programação.
Organização - um ciclo de versões regular e uma estrutura disciplinada.
Suporte - assegurar suporte a outras instituições fora da comunidade GNOME.
O projeto GNOME foi criado em agosto de 1997 pelos mexicanos Miguel de Icaza e Federico Mena Quintero, como uma resposta ao Windows 95. O projeto KDE já estava em andamento, mas para ser utilizado ou desenvolvido era necessário instalar o Qt, um conjunto de ferramentas que na época não tinha uma licença livre. Miguel de Icaza descartou a ideia de reimplementar a API do Qt usando software livre porque projetos equivalentes, como o GNUstep, Wine and LessTif, mostravam um progresso muito lento. Antes da criação do GNOME, Miguel e Federico tinham tentado contribuir com o GNUstep, mas desistiram por considerar sua comunidade desorganizada, e seu código cheio de erros.
A plataforma de desenvolvimento aproveitou e aprimorou o GTK, um conjunto de ferramentas usado pelo editor de imagens GIMP, em cujo desenvolvimento Federico Quintero também estava envolvido. Miguel de Icaza ficou muito surpreso com a arquitetura COM quando foi entrevistado na Microsoft, e o reflexo foi o desenvolvimento da biblioteca Bonobo, incorporada ao GNOME 1.4. Além de permitir o reaproveitamento de componentes de software, o Bonobo cooperou para que o desenvolvimento de aplicativos para o GNOME pudesse ser feito com qualquer linguagem de programação. Outra característica da plataforma de desenvolvimento do GNOME é ser completamente escrita em C, o que também facilita a criação de bindings para outras linguagens de programação. A plataforma de desenvolvimento do GNOME tem suporte a C++, Java, Perl e Python e JavaScript. Toda a plataforma de desenvolvimento do GNOME usa a licença GNU Lesser General Public License, uma licença livre que permite a utilização da plataforma GNOME por software proprietário.
O lançamento do GNOME 2.0 marcou uma virada nos rumos do projeto, que passou a enfatizar a usabilidade em vez da configurabilidade. A plataforma foi quase inteiramente reescrita, trazendo várias melhorias como desempenho, internacionalização (usando Unicode internamente), suavização da renderização de fontes e a estreia de sua plataforma de acessibilidade.
O GNOME conta com uma coleção rica de ferramentas, bibliotecas, e componentes para desenvolver aplicações poderosas em Unix.
O GNOME é projetado para todos os utilizadores, incluindo os utilizadores com deficiência que fazem uso de um computador difícil. Originalmente ele foi escrito para o Linux usando sistemas X11, mas foi portado para ser executado também nos sistemas: Linux framebuffer, GNU Hurd, AIX, FreeBSD, IRIX, NetBSD, Mac OSX (parcialmente), Microsoft Windows (usando cygwin), OpenBSD e Solaris.
GNOME é um projeto de software livre que visa desenvolver um desktop para o Linux e sistemas operacionais Unix completo e fácil de usar. O GNOME também inclui um ambiente de desenvolvimento completo para a criação novas aplicações. Novas versões são lançadas duas vezes ao ano com um calendário regular.
O desktop GNOME é utilizado por milhões de pessoas de várias partes do mundo. O GNOME é uma parte padrão de todas as principais distribuições Linux e Unix do mundo, incluindo distribuições comunitárias conhecidas como Ubuntu, Debian, Fedora Core e SUSE. É também o desktop padrão na maioria das distribuições corporativas do Linux como Red Hat Enterprise Linux, SUSE Linux Enterprise Desktop da Novell e o Sun Java Desktop System.
O GNOME é também o desktop escolhido por alguns dos maiores casos de implantação de Linux do mundo, incluindo grandes implantações lideradas pelo governo em Extremadura, Espanha; e São Paulo, Brasil.
Mais de 500 desenvolvedores de software de cada continente, incluindo mais de 100 desenvolvedores pagos, contribuem seu tempo e dedicação ao projeto. Patrocinadores incluem líderes de mercado como Fluendo, HP, IBM, Novell, Red Hat e Sun. O GNOME é suportado em diversas plataformas, incluindo GNU/Linux (mais comumente referido como Linux), Sistema Operacional Solaris, HP-UX, Unix, BSD e Darwin da Apple.
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