Nos anos 40 e 50, existia um problema da maneira que os computadores eram utilizados, ou seja, era preciso o usuário enviar ao centro de processamento de dados um job em cartões perfurados, para que estes fossem processados. Após uma série de submissões o usuário podia buscar listagem contendo os resultados do seu programa.
domingo, 7 de novembro de 2010
História do Unix
Nos anos 40 e 50, existia um problema da maneira que os computadores eram utilizados, ou seja, era preciso o usuário enviar ao centro de processamento de dados um job em cartões perfurados, para que estes fossem processados. Após uma série de submissões o usuário podia buscar listagem contendo os resultados do seu programa.
Para tentar solucionar tal impasse, o sistema de compartilhamento de tempo foi inventado no Darmouth College e no M.I.T. Em pouco tempo, os pesquisadores do M.I.T. se juntaram ao da General Electric e os do Bell Labse desenvolveram um sistema de segunda geração, o Multics (Multiplexed Information and Computing Service). Este sistema não teve muito sucesso, um dos motivos foi o fato de ele ter sido escrito em PL/I, uma linguagem muito pesada, com compilador muito ineficiente.
Com esse fracasso, em 1970, a equipe do Bell Labs fez com que um de seus pesquisadores, Ken Thompson, começasse a reescrever o Multics, em linguagem de máquina e com muito menos ambição, usando um PDP-7. A denominação veio a partir de outro pesquisador, Brian Kernighan, chamando o sistema de Unics. Mais tarde esse sistema foi rebatizando para Unix.
Durante o ano de 1975, quando estava trabalhando como professor e assistente na Universidade da Califórnia, em Berkeley, Ken Thompson continuou a desenvolver o sistema UNIX desenhado no Bell Lab. Este desenvolvimento foi tomado pelos outros professores e alunos, que desenvolveram uma série de melhorias no sistema originalmente desenhado. Estas melhorias originaram um sistema operacional com algumas diferenças em relação ao sistema UNIX do Bell Lab. e passou a ser conhecido como o "UNIX de Berkeley". Algumas empresas começaram a comercializar esta versão do sistema operacional, sendo a mais conhecida a versão chamada SUN-OS da SUN Microsystems.
Em 1979, a AT&T resolveu lançar comercialmente o UNIX. Esta versão ficou sendo conhecida como "Versão 7". Após algum tempo, em 1982, alguns problemas da versão 7 foram corrigidos e foi lançada a versão chamada de "System III" (Sistema Três).
A partir deste ponto, houve uma evolução paralela de dois "tipos" de UNIX. Uma comercializada pela AT&T e outra proveniente da Universidade da Califórnia.
Até 1983, o uso do UNIX estava principalmente voltado para aplicações científicas, sendo o sistema mais utilizado no meio acadêmico. Neste ano, a AT&T resolveu agregar uma série de características e facilidades, visando assim, o usuário comercial. Este procedimento sempre encontrou barreiras, pois o usuário comercial achava que o UNIX era por demais científico e nada user friendly, sendo só usado por programadores e cientistas. A versão comercial ficou sendo conhecida como "System V" (Sistema Cinco).
A partir de 1989 foram formados pelas maiores empresas na área de computação dois grandes consórcios, visando uma unificação e padronização de todos os sistemas UNIX existente no mercado. Esta padronização é necessária para que se tenha uma portabilidade de todas as aplicações desenvolvidas para UNIX, dando assim uma força maior de penetração do UNIX no mercado comercial.
Até hoje existem diferenças de implementação em alguns comandos, apesar de a maioria dos sistemas UNIX comercializados possuírem ambas as versões. Existem diretórios específicos onde os comandos diferentes são guardados, bastando ajustar o sistema para que ele use os comandos necessários.
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